sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Definição da Vida de um Monitor de Pesquisa Clinica


Detesto admitir, mas esta foi a melhor definição da Vida de um Monitor de Pesquisa Clinica!

1 - Você trabalha em horários estranhos (que nem as putas).
2 - Te pagam para fazer o cliente feliz (que nem as putas).
3 - Seu trabalho vai sempre além do expediente (que nem as putas).
4 - As vezes, você é mais produtivo à noite (que nem as putas).
5 - Você é recompensado por realizar as idéias mais absurdas (que nem as putas).
6 - Seus amigos se distanciam de você, e você só anda com outros iguais a você (que nem as putas).
7 - Quando você vai ao encontro do cliente você precisa estar apresentável (que nem as putas), mas quando você volta parece que saiu do inferno (que nem as putas).
8 - O cliente sempre quer pagar menos e quer que você faça maravilhas (que nem as putas).
9 - Quando te perguntam em que você trabalha você tem dificuldade para explicar (que nem as putas).
10 - Se as coisas dão errado é sempre culpa sua (que nem as putas).
11 - Todo dia você acorda e diz: NÃO VOU PASSAR O RESTO DOS MEUS DIAS FAZENDO ISSO (que nem as putas).
12 - Na realidade, você gosta do que faz (que nem as putas).
13 - Tem um cara (teu gerente) que diz que você é o máximo (que nem as putas)... mas nunca tá satisfeito com seu desempenho e te f*** o tempo todo (que nem as putas) !!!


Hahaha!!! 
Só uma brincadeirinha pra animar a Sexta-Feira! 

Beijos,

Monitora de Pesquisa

terça-feira, 19 de novembro de 2013

OS 10 MANDAMENTOS DO REI DA MONITORIA


Os desinformados que me desculpem, mas não podia deixar de pegar uma carona na piada do ano, ou melhor, no piada do século. O Rei do Camarote surgiu assim na capa da Veja SP como quem não quer nada e conquistou nossas conversas da hora do almoço, boas risadas no café e até mesmo compartilhamentos em redes sociais... Se você ainda não sabe do que estou falando, dê um Google aí e assista o vídeo deste figura, que virou hit na internet. 
Bom, se o camarada pode fazer um vídeo com seus 10 mandamentos, nós da Pesquisa Clínica também podemos! Ah-rá! Demorei mas ainda dá tempo! Deixe de lado o politicamente correto e vamos dar risada! Seguem os DEZ MANDAMENTOS DO REI DA MONITORIA:

1) Tenha seu cartão fidelidade vermelha da TAM e fique na sala VIP do aeroporto. Embarcar primeiro então é statis! Nunca abra mão de sua prioridade em entrar no avião! Ser VIP da Smiles, Avianca e Azul não agrega na monitoria, sempre tenha por perto um colega fidelidade vermelha, ok?

2) Tenha um Instagram e sempre poste fotos de suas viagens de monitoria: seus amigos pobres que não fazem idéia de que raios você faz ficarão com a maior dor de cotovelo! 

3) Sempre faça check-in no Facebook quando chegar em um aeroporto ou hotel legal, desta forma, você mostra para o mundo o quanto você é viajado e tem statis! Isso agrega em sua rede social! Se te criticarem, don't worry, babe! É pura in-ve-ja!

4) Se você gosta de chá, coca-cola, suco... não importa! Sempre peça champagne, onde quer que esteja! Isso faz com que você seja mais cool e faça uma monitoria com mais qualidade!

5) O PI não te recebeu? A Coordenadora sumiu? Ah não... sempre tenha estes contatos no Whatsup! Isso sim é finess!

6) O banheiro do centro não tem papel higiênico? Ah não... Sempre leve seu pacotinho de lenços umidecidos para este tipo de emergência! Lencinho umidecido é statis!

7) Leve sempre com você um frasquinho de álcool gel, e para ser fino mesmo, tem que ser aqueles de cheirinho de fruta, ok? Afinal, pra pôr a mão nestes prontuários cheios de micróbios... afeeeee....

8) A fatura do cartão coorporativo vai de zero ao infinitoooo... O que vale é ser feliz! 

9) Faça happy-hours frequentes com seus colegas de pesquisa clínica regados a muita champagne e drinks que piscam, afinal de contas, o network é statis e agrega um valor lascado!

10) Nas monitorias saia para jantar em restaurantes carésimos e poste foto da comida no Instagram e Facebook, desta forma você também poderá usufruir de uma alimentação de qualidade e agregar valor e qualidade na monitoria no dia seguinte!

PS: Posso contar uma coisa? É meio pesado, não sei se devo.... mas quem me ajudou neste post foram a Andreia e a Aline.... kkkk... Beijo pra vocês!!!!


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

10 Dicas Valiosas para ser um Centro de Pesquisas de SUCESSO!!!

1) Tenha um(a) bom(boa) coordenador(a). Que fale, escreva e entenda inglês, pró-ativo, inteligente, que responda e-mails com rapidez e que seja amável com as pessoas. Preferencialmente 100% dedicado à Pesquisa Clínica.

2) Seja um PI que gosta de Pesquisa Clínica.

3) Tenha Sub-Investigadores bons  não só na parte clínica, mas também preparados e treinados em Pesquisa Clínica (não vale experiência em Pesquisa Básica ou Acadêmica, ok?). Descarte os residentes de sua equipe.

4) Mantenha sua equipe unida e sempre sob seu controle. Se perguntam algo para o PI e ele responde: "Ah veja isso com a coordenadora" - pode saber que se acendeu uma luz vermelha de alerta indicando falta de grenciamento adequado.

5) Tenha uma boa estrutura para atender aos pacientes e também a quem visita seu centro. Incluir aqui, contratos com hospitais de retaguarda, serviço de remoção em emergências e laboratórios locais, se aplicável.

6) Procure facilitar ao máximo a negociação de contratos. Como a análise do CEP não é um fator que depende do centro, a negociação de contratos é um passo que pode ser otimizado  na fase regulatória.

7) Tenha um plano de recrutamento e retenção de pacientes para cada estudo apresentado.

8) Se possível, tenha uma pessoa qualificada dedicada às tarefas regulatórias.

9) Toda sua equipe deve ser atenta a detalhes.

10) A sala dos monitores deve ter uma garrafa de café.


Com estas dicas infalíveis, seu centro de pesquisas terá muito sucesso!
Dúvidas, estamos à disposição: vidademonitor@gmail.com

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Hellow galera das monitorias (e agregados)!

Este mês gostaria de lançar o TOP 5 monitoRIAs, afinal, já que estamos nesta vida-bandida, corrida,sem tempo nem pra fazer a unha, vamu dá risada!
São 5 tópicos e queria contar histórias engraçadas de cada um deles, por isso, se tiverem histórias que se encaixem nestes tópicos, mandem para: vidademonitor@gmail.com

Os tópicos são: 1. Taxistas 2. Aeroportos 3. Hotéis 4. Restaurantes 5. Elevadores de Hospital

TOP 5 monitoRIA

5 – Elevadores de Hospital
Chego ao centro que tem aquele elevador uó. Já acordei meia hora mais cedo por causa dele que demora 2 semanas pra aparecer. Como o centro é no 12o andar prefiro poupar meu corpitchu desta escadaria toda. Bem, espero o elevador com toda paciência do mundo… 3 anos depois… Opa! Chegou! Entram 14597 pessoas, sendo que 80% delas tossindo na sua cara.
Em meio a tudo isso, encontro uma best-friend também monitora:
"Amiiiiigaaaaa! Quanto teeeempoooooooo!"
- Smac-smac
"Queridaaaaaaa, você tá liiindaaaaaa!"
"Na correria? Tá com muita coisa?"
"Ai tô, amiga! Agora, tô com Diabetes, HIV e Pneumonia, cê credita?"
"Nooossa! Eu tô só com Câncer de Pulmão, mas tá bem no finalzinho!"

Paramos de falar percebendo os olhares de desconforto entre os passageiros do elevador… Uma enfermeira ainda olhou com uma dó fúnebre e um sorriso amarelo… Desceram todos do elevador e uma senhorinha ainda disse pra nós duas: “Deus, abençoe vocês, tão novinhas… e tão doentes!”.

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk



4 – Restaurantes
Vivo vendo monitores postando fotos glamurosas no Koh Pee Pee, Usina das Massas, Iemanjá, Dona Lucinha, etc. Mas nem só de glamour vive o monitor, este ponto é para lembrar que quando almoçamos, nem sempre temos uma opção limpa glamurosa por perto. Tem lugares que, ou você encara um bandex do hospital ou leva o tapué de casa… E aí meu amigos, que a coisa fica feia. Não sou chata pra comer, mas o problema é que tenho nojinho.
 Já frequentei restaurantes por quilo de porta de hospital que de sobremesa já tomava um vermífugo… huuum… aquele de sabor de morango até que é bom! Dica: sempre ir nas opções que têm menor chance de contaminação: legumes cozidos, arroz (feijão never!), milho ou ervilha que você vê que vieram de latinhas. Salada crua, jaméééé! Ovo, carne, frango e queijo, só se quiser virar rainha no hotel, sentada no trono a noite inteira.
Depois de uma semana almoçando em um restaurante deste naipe, me vira a coordenadora: “Nossa, nunca vi alguém que gosta tanto de arroz com milho, assim!”.
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

3 – Hotéis
Este é outro ponto que o glamour está deixando a desejar… com essa crise, minha gente, acabaram-se os hotéis mara da nossa lista! Fora que o advento da Pesquisa clínica parece interessar cada vez mais PI de cidades dos cafundó-dos-judas! Quanto mais longe a cidade melhor! Itajaí, Ijuí, Lajeado, Ipatinga, Pelotas, Santa Maria, Botucatu, Adamantina… nada contra. Acho super legal, mas os amigos da estrutura hoteleira não acompanharam o development da Pesquisa, né?
Senta que lá vem a história: O hotel até que era jeitoso, a roupa de cama era branca, acho que ok para apenas uma noite e nada mais. A TV não tinha NET aí já fiquei p*%# porque ia perder meu seriado favorito. Bom, o serviço de quarto tinha o bom e velho caldo de legumes que sempre peço em lugares escusos, just to be on the safe side (lembrem-se que, como falei no item anterior, legume cozido pode). “Bem, vou dormir…” a cama de solteiro que me deram era tão fina que eu mal conseguia me mexer sem ter medo de cair…
Deitada na cama vi que o quarto tinha uma cortina digna de filme de terror… e aquela meia luz estava me deixando com medo. Seria mesmo este hotel seguro? Poxa… lembrei que desta vez me esqueci de olhar embaixo da cama na averiguação usual de chegada no quarto. Agora era tarde demais… fiquei com um medo assim, que senti meu cabelo arrepiar. Fiquei bem encolhidinha e coloquei a mão embaixo do travesseiro… E aí…. Senti algo embaixo do meu travesseiro! Nossa muito medo nesta hora… por reflexo pulei da cama!
“Eu tenho que tomar coragem… eu preciso tomar coragem…” - Isso tudo olhando para o travesseiro
Quando de uma vez puxei o travesseiro e vi o que tinha me assustado tanto: uma caixa de Viagra vazia!
Sério, gente, acreditam? O que comprova minha teoria que as roupas de cama de hotel…. Hum… deixa pra lá, vai!

Aguardem mais histórias nos próximos tópicos: Aeroportos e Taxistas!
Fuuuuui

quinta-feira, 29 de março de 2012

Informações sobre a área de Pesquisa Clínica

Oi pessoal,

Ando recebendo e-mails de pessoas que não trabalham com Pesquisa Clínica mas têm muito interesse em ingressar nesta área. Normalmente, as pessoas colocam monitor de pesquisa clínica do Google e acabam por parar neste blog. Não faço idéia se isso é bom ou ruim, pois quando escrevo penso nas pessoas que já são da área, não acho o blog muito informativo.
Mas hoje, especialmente para você que me encontrou pelo Google, resolvi fazer um post informativo caso esta seja sua situação no momento. Não sou uma mestre em Pesquisa Clínica, se vocês realmente se interessam, procurem cursos na área, mas vou tentar explicar de uma maneira BEM simplificada.

O que é Pesquisa Clínica?
Um "remédio" para ser comercializado precisa mostrar para as autoridades regulatórias (no Brasil temos a ANVISA, nos EUA temos o FDA)que realmente funciona, e isso somente não basta! É preciso mostrar que este remédio é ainda melhor ou tão bom quanto o que já temos disponível no mercado. Não adianta lançar algo pra dor de cabeça que não seja melhor do que a aspirina que não vai rolar, sacou?
Para comprovar a eficácia e segurança deste novo "remedinho" são feitos estudos clínicos. Depois de testes pré-clínicos com animais inicia-se a Pesquisa Clínica! Oba! Nesta fase o "remédio", ainda em teste, é dado às pessoas com ou sem a doença para ver se funciona mesmo.
Pode parecer estranho, mas é tudo muito bem regulamentado da forma mais segura e ética possível para o paciente, o qual chamamos de sujeito de pesquisa.
A indústria que quer aprovar o "remédio" escreve um protocolo de estudo e convida médicos a participarem deste protocolo. Estes médicos, chamados de PI (Principal Investigator), caso aceitem participar do estudo recrutando os pacientes de seu hospital, devem comprovar que são qualificados, têm uma equipe de trabalho qualificada e estrutura para tratar o sujeito de pesquisa de acordo com o protocolo, com as leis locais e com o GCP (Good Clinical Practice).
Além deste acordo da indústria com o médico, é preciso que o protocolo receba aprovação da ANVISA antes do estudo começar e também é preciso conseguir aprovações éticas dos Comitês de Ética de cada hospital. Se é um estudo que envolve capital ($$$, din-din) estrangeiro e algumas outras situações especiais, é preciso também receber aprovação da CONEP (Comitê Nacional de Ética em Pesquisa), um comitê central que analisa todos os projetos que serão feitos no Brasil com capital estrangeiro. Já imaginou que é isso o que mais demora, né? Pois é... o Brasil teria muito mais oportunidades de emprego na área se não fosse esta demora em aprovar os protocolos. Mas, ok, deixamos isso pra outro post informativo no futuro.
Com todas as aprovações ok, podemos começar o estudo e o médico pode começar a recrutar pacientes para o estudo!
Aí que começa o trabalho mais legal do monitor de pesquisa: as visitas de monitoria! A função do monitor, nada mais é do que, ir até o centro de pesquisa e verificar se o médico está mesmo recrutando pacientes e se ele está seguindo o protocolo. Tudo isso, o monitor verifica através do prontuário, isso mesmo, o monitor passa dias e dias lendo prontuários e verificando se a equipe do hospital está fazendo tudo certinho, como manda o figurino! É praticamente um auditor e a qualidade da informação e segurança do sujeito de pesquisa são suas prioridades! detalhe: não trabalhamos de jaleco e nem em bancadas de laboratório como as pessoas imaginam.
Claro que existe muito mais coisas, mas vamos simplificar e parar por aqui.

Outras perguntas que recebi:
Como eu posso entrar nesta área de Pesquisa Clínica?
Resp: Ser da área de saúde ajuda bastante, principalmente se você quer ser monitor. Cursos na área são uma boa maneira para conhecer melhor e para entrar em contato com pessoas da pesquisa. Existem cursos em São Paulo (por favor, google neles): CEPIC, Invitare, UNIFESP, SBMF... Todos muito bem recomendados!
Além do curso em Pesquisa Clínica (que não é mandatório, mas pode ajudar a quem tem interesse em ingressar na área) é muito importante ter domínio do inglês. Se o seu inglês está no nível do the book is on the table... corre pra escola de inglês primeiro, este é um quesito fundamental. Não que você precise ter um nível de inglês super, ultra, mega fluente, mas não dá pra não saber nada também.
Existem também encontros de Pesquisa Clínica que são uma boa maneira de tentar conhecer pessoas que trabalhem na área, e conhecendo as pessoas, fica mais fácil em conseguir aplicar para uma vaga.

Tem estágio nesta área?
Sim, além de estágio na indústria farmacêutica você deve procurar estágio em CROs (Clinical Research Organizations) que são empresas que só fazem pesquisa clínica! A CRO é uma prestadora de serviços para a indústria farmacêutica que prefere terceirizar a mão de obra de pesquisa clínica. Algumas CROs (google nelas também): PPD, Quintiles, RPS, Covance, Icon, Parexel, i3, PRA, Intrials, Eurotrials. Esqueci alguma?
Caso você já tenha terminado a faculdade e não consiga mais ser estagiário, existem posições de assistente de pesquisa, que é uma forma de começar e ser inserido na área.

Como foi sua trajetória profissional?
A pesquisa clínica começou no Brasil bem devagar e de repente deu um boom e precisou contratar muita gente. Muita gente que está na pesquisa agora, talvez até a maioria, quando entrou não sabia nem o que era CONEP. Mas hoje a história é outra, já existe muita gente trabalhando na área e para ficar você tem que se qualificar e trabalhar bastante. As pessoas que há alguns anos atrás não sabiam nada tiveram que se especializar muito e hoje se ainda estão na área, é porque deram seu melhor e trabalharam muito!
Não posso contar minha trajetória ainda, pois isso será assunto para outro post, ok?

Espero ter ajudado! Dúvidas? vidademonitor@gmail.com

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Já faz algum tempo que escrevi um post classificando os tipos de monitores e daí surgiu a idéia de tentar classificar os tipos de centros de pesquisa.
São muitos os centros que já conheci nesta vida de monitor, e cada um tem uma característica mais marcante, mas, no geral, podemos dividí-los assim:

Centro 5 estrelas (International Plus Advanced):
Este é o sonho de consumo de qualquer monitor, apesar de o monitor, neste caso, ser mero coadjuvante na história. Tudo sempre está correto e impecável. A equipe é capaz de dar treinamento em GCP pra você. Geralmente, estudam o protocolo, gostam de pesquisa clínica e são profissionais com dedicação exclusiva à pesquisa clínica. Centros assim são encontrados na Europa Ocidental, EUA e raros no Rio Grande de Sul.
Cuidados que o monitor deve ter com este tipo de centro: dominar o protocolo e não enrolar quando não sabe a resposta de algum questionamento. Geralmente, este centro inclui pacientes no estudo de uma forma racional, que não sobrecarregue a equipe. Pense duas vezes antes de abrir uma query, veja se não foi você quem viu a informação errada, pois em 80% dos casos, eles estão mesmo certos. Elogie o centro, mas não muito, para não correr o risco de migrar para a categoria abaixo.

Centro I'm God, you're shit:
O nome já diz muita coisa. Neste caso temos duas sub-categorias: os centros assim que são bons e os que são assim e são ruins.
Geralmente, o PI nem sabe quem você é. Se o centro é ruim, com certeza o PI não sabe para que serve o monitor e nem tem interesse em saber. O(A) coordenador(a) é um ser tão superior que quanto ele(a) fala com você, se ouve os anjos cantando "Aleluia", logo a musiquinha desaparece com a bronca que ele(a) te dá. Se a SC é neste nível o PI pode-se considerar que é um ser intocável, já sentado na cadeira de Deus. Nos centros com este perfil, geralmente existe um SI com quem se pode tentar conversar... e resolver as pendências do estudo.
Aqui você, pobre monitor, tem dois caminhos: ou você senta na cadeira de Jesus Cristo e se iguala ao patamar elevado da galera, ou, fica quieto(a), na sua... Você será criticado independente da forma que escolher se comportar. Enjoy it!

Centro fila do SUS:
Muito paciente, pouca qualidade. Neste caso o monitor tem vontade de deitar na pista de Congonhas para acabar com este sofrimento logo. O PI quer colocar paciente no estudo. E só.
Geralmente, a SC é uma funcionária do hospital que "quebra um galho na pesquisa" e ainda não ganha nada $$$ com isso, talvez só uma viagem pra Buenos Aires no meeting do estudo. Centros com baixo entendimento sobre o que é pesquisa clínica e por que raios o monitor tem que ficar indo lá encher o saco! Informações péssimas nos documentos-fonte, terrível no CRF. O que fazer??? Chorar é uma boa... Ou então, tentar pegar na mão da equipe e ensidar tudo o que você conseguir, lembrando que isso só será possível se houver interesse da outra parte.

Centro Ilha de Lost:
O prontuário, os exames, a medicação... tudo parece ter ido para uma outra dimensão, pois você NUNCA encontra oque precisa. O PI? A SC? Estão lá também, na ilha de LOST... literalmente!
Sugestão: ... (se tiver alguma me fale)








Centro Bonde do Tigrão:
Neste centro todos são bons, conhecem tudo, sabem demais. Perfeito, certo? Na hora da monitoria: SURPRISE! Mil desvios, violações e assassinatos ao GCP. O PI, que nunca erra não errou? Então quem foi? Pobre monitor...







Centro Deserto do Saara:
Ninguém te oferece água, banheiro, tomada, internet nada... Às vezes mal te oferecem uma sala descente. Hello! Monitor também é gente! Custa ser um pouquinho receptivo de vez em quando? Estes centros pensam que os monitores de diferentes empresas nunca se falam... Um dia a vingança será maligna! Aguardem!

E você? Que tipos de centros já encontrou?

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Em maus lençóis...

Recentemente li uma notícia que pareceria piada se não fosse trágica.
O Brasil importou dois contêineres com lixo e restos hospitalares dos EUA e distribuiu em alguns estados do Nordeste...
O mais absurdo não é isso. A situação conseguiu ser ainda pior!
Venderam este material para o povo!!! Isso mesmo, os lençóis dos Hospitais de sabe-se-lá-onde foram vendidos por lojas e camelôs dos Estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Piauí.
A reportagem na TV entrevistou um senhor, dono de um Hotel na Paraíba, que comprou lençóis por 2 reais cada e não teve dúvida, colocou em todos os quartos do Hotel... Detalhe: todos os lençóis tinham o logotipo do Hospital de onde vieram! Segundo o dono do hotel: “Eu percebi que tinha uns escritos em inglês, mas achei que era propaganda.” – sem comentários. Abram o olho nos hotéis da Paraíba, por favor!


Galera da monitoria, podemos estar dormindo em maus lençóis literalmente...
Recentemente, recebi e-mail de uma monitora que depois daquele longo dia de monitoria, foi pra o hotel, tomou um banho e pulou na cama... ao colocar a mão embaixo do travesseiro pra finalmente se ajeitar... surpresa!!! Eis que ela encontrou uma caixa de Viagra!!! Isso mesmo!
Não sei o que é o pior desta história... se o hotel não ter trocado o lençol ou ter que imaginar o que o hóspede anterior fez em cima deste lençol... Arghhhhhttt
Aquela cobertinha florida é a primeira a ser jogada longe, ou pelo menos deveria, tenho um amigo que trabalha em Hotel e ele mesmo diz... os cobertores e edredons de Hotéis são lavados de vez em nunca...
Mas e agora, o que fazer? Levar a roupa de cama de casa? Levar um álcool spray pra passar na cama antes de dormir? Levar um saco de dormir? Ou levar uma luz-negra pra avaliar os resíduos biológicos presentes no lençol?
Não sei... acho que procurar o logotipo de um Hospital no lençol já é um bom começo... e depois de alguns anos de monitoria acredito que criamos uma certa resistência.




E você? Quais or rituais que você tem quando chega em um Hotel? Costuma fazer uma vistoria completa antes de dormir? Conte sua história pra gente! Ou só pra mim: vidademonitor@gmail.com

domingo, 7 de agosto de 2011

Monitor Harry Potter - IMV em Hogwarts

Em homenagem ao término da saga Harry Potter, seguem umas dicas bem úteis para você ler com calma enquanto espera o Expresso de Hogwarts na plataforma 9 e ½...espera aí... acho que o portal mudou...9 e ¼, talvez! Pois quem disse que fazer monitoria não é fazer mágica?

Seu centro se parece com o castelo de Hogwarts? É um mausoléu velho, escuro, com escadas que se movem? Tem quadros nas paredes com antigos diretores que estão conversando? Relaxa! Você precisa de umas boas horas de sono, isso sim! Mas o dia está só começando, então bora ver o que o Chapéu Site Seletor reservou para você!


Você chega no centro e se depara com o elenco inteiro do filme? Veja como entender melhor suas personalidades e sobreviver:

Coordenador da Grifinória: um verdadeiro capitão do time de Quadribol! Ele poderia substituir o Olivio Wood, Rony Weasley, Caty Bell, Alicia Silverstone e quem mais do time você conseguir lembrar! Tem a precisão de um Batedor para preencher a CRF e quando você acha que o PI fugiu, o coordenador aparece com ele pelo colarinho, como se tivesse capturado o Pomo de Ouro!

Coordenador da Sonserina: um verdadeiro descendente de Voce-Sabe-Quem! Procure a Marca Negra tatuada no braço, se não encontrar, pode estar certo que ele tatuou em outro lugar! Neste caso, só administrando um Veritaserum para ele dizer a verdade! Ele grita como uma Mandrágora e te entristece como um Dementador...dá-lhe Chocolate e um Patrono daqueles!! Tente a poção Felix Felicis...se não funcionar...Estupefata!

Estagiário do Coordenador: o próprio Elfo Doméstico! Vive sendo chicoteado por todos mas tá sempre lá, fingindo ser o seu servo. Não se engane, assim que ele ganhar um par de meias do PI (eca!) e for libertado...vai agir como o Monstro.

PI da Grifinória: Quase um Dumbledore! Velhinho simpático, super atencioso com você e a equipe do estudo. Tem muita experiência e o respeito de todos! (Pena que morre antes do estudo acabar...como no livro).

PI da Sonserina
: Snape! Acredita que só os individuos sangue-puro devem sobreviver, ou seja, os médicos! Olhe sempre para o alto antes de entrar no centro...se a Marca Negra estiver pairando no céu, fuja!

PI da Lufa Lufa: Luna Lovegood! Você lá fugindo do Trasgo e do Basilisco juntos e a PI no mundo da lua! Diga que você lê o Pasquim (escrito pelo pai dela!) quem sabe ela simpatiza com você e volta pra Terra!

Coletador: Nick-quase-sem-cabeça – você nunca vê, mas ainda acredita que ele existe.
Cuidado! Talvez ele já tenha morrido a muuuuuito tempo e apenas assombra o Delegation!

Radiologista: se ele for um Gilderoy Lockhart, que faz tudo por uma boa imagem..congrats! 50 pontos para a Grifinória!

Achou que você iria escapar? Tsc, tsc... o CRA também faz parte do elenco:

CRA Hermione Granger: Ao invés de seguir a profissão dos pais (dentistas - trouxas) resolveu ser monitora...trouxa! Prova maior de que não se pode fugir do destino!

CRA Hagrid: Sai derrubando tudo no centro, mas tem um bom coração. Cria uns monstrinhos perigosos no centro, alimentados com templates de todos os tipos.

Na hora do almoço você procura algum lugar para comer e se sente no Beco Diagonal? Tudo é meio misterioso...com cara de empoeirado? Tamo junto! Compra um pacote de feijoezinhos-de-todos-os-sabores, um suco de abóbora (deixa a cerveja amanteigada para sexta!) e um sapo de chocolate (tudo bem embaladinho!) e manda ver!

Data lock: Momento da detenção com o Professor Snape! Sabe todos os seus pecados, mas todos mesmo? Então...você terá que dominar a arte da Oclumência para não dormir pensando em queries/DCFs (seja lá o nome dessa arte das trevas que o Data Manager queira dar!) Nada a fazer...seja um Ofidioglota e convença a sua coordenadora a resolver tudo no prazo!

Monitoria nos tempos da ficha telefônica

Oi Gente, alguém postou um comentário no Blog que achei interessante pra virar um Post! Como era monitorar há 20 anos atrás... Adorei!!!

Comecei em monitoria há exatos 21 anos.


Como era??? Tinha suas vantagens e desvantagens. Honestamente não sei especificar quais eram as vantagens ou desvantagens, voces decidem.
• Após todos os treinamentos serem feitos e sermos declarados um monitor independente recebíamos, entre outras ferramentas de trabalho, uma caixa de moeda para telefone público (moeda sim, ainda não tinha cartão);
• As vezes um issue sério no centro ou uma dúvida apareciam e tínhamos que chamar o gerente. Tinhamos sorte quando o orelhão ficava nos corredor do Hospital, se não, tínhamos que ir para a rua mesmo (tenho várias estórias engraçadas mas acho que isso seria um tópico em separado: Comunicação há 20 anos);
• Messagem urgente só com Telex (voces sabem o que vem a ser isso?);
• Relatórios em papel carbonado - as vias branca e rosa para a matriz, a amarela no arquivo do monitor;
• CRF em papel (com sorte o carbonado, assim não necessitávamos tirar cópia) e como não podíamos despachar carregavámos tudo como bagagem de mão - imaginem o peso tendo as vezes 30 CRFs (50 folhas cada);
• E os centros de pesquisa então??? PI declarando: „No momento o monitor pode trabalhar no corredor do hospital, olha esse cinzeiro é bom para apoiar o CRF enquanto voce faz SDV (é naquele tempo podia-se fumar dentro do hospital), mas prometemos arrumar um cantinho para voce logo que o estudo começar“ – passaram-se 3 anos e eu no mesmo corredor;
• Isso sem dizer que ao fazer uma visita de qualificação e o PI todo orgulhoso abria o armário ("separei especialmente para os documentos do estudo") e saia uma daquelas baratas enormes e cascudas voando na sua direção;
• Voce ficava uma semana em monitoria e portanto uma semana sem cobrança por parte da matriz ou do chefe, não precisava ler / responder emails no hotel após 11 horas de visita, não tinha revisor de relatórios, o pessoal do centro não te ligava a cada 5 minutos para perguntar „o que eu faço agora???“, não tinha treinamento on line; voce podia ficar pelo menos 2 dias no centro monitorando (conforme o estudo até uma semana) e principalmente, quando voce fazia monitoria era só monitoria, sem TC, sem emails, sem messager, sem celular.
Essa foi só uma pincelada. Teria mais para escrever, mas enfim precido trabalhar: tenho uma TC daqui a 5 minutos de ontem pra hoje chegaram 53 emails – todos urgentes.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Classificando Monitores

Queridos companheiros de jornada,
peço mil desculpas pela ausência! Não me esqueci de vocês não, mas este negócio de ser monitora blogeira é difícil, viu! Estive beeem ocupada ultimamente, mas estou aqui de novo! Here we go agaaaaaaain!
Ultimamente, andei por alguns centros que nunca estive antes. Na primeira visita em um centro, eu sinto isso: a primeira impressão da monitora é a que fica!
Sei que o centro fica me avaliando, aguardando um deslize, um momento de distração... Meio querendo saber se sou o tipo de monitora General, se sou Pitizenta, se sou a Vapt-Vupt ou se faço a linha O-Gato-Comeu-a-Língua (também conhecido como linha Oriental). Podemos inclusive descrever estes tipos de monitores:
- Monitor General: Este sabe tudo. Se não sabe inventa, literalmente! Manda daqui, manda de lá: todos devem trabalhar ao seu favor no momento que ele precisa. Surgiu uma dúvida na monitoria? Pra que deixar pra perguntar tudo depois? "Coordenadoraaaaaaaa... olha o que eu achei aquiiii..." Monitores deste tipo acabam, geralmente, tendo problemas com os PIs, estes que, como todo médico, ou acham que são Deus ou tem certeza de que são Deus. Lado bom: geralmente este monitor se dá bem na carreira e vira gerente, afinal é melhor ser temido do que amado, né?
- Monitora Pitizenta: Na boa, sou mulher, adoro ser mulher, mas esta categoria é somente para monitorAs, do sexo feminino. Esta monitora é aquela que chora, grita, esperneia quando a coisa aperta. Durante um estudo, são inúmeras as vezes que a coisa aperta, então, be prepared... serão séries de pitís dos mais variados: Ao telefone, pessoalmente e por e-mail. O lado bom é que às vezes o centro se sensibiliza e fica com dó da monitora desesperada chorando, fazendo assim alguma coisa (de vez em quando). Seres assim não aguentam a carreira por muitos anos, no máximo 4 ou 5 anos, depois vão fazer algo totalmente diferente e nunca mais querem nem ouvir falar em Pesquisa Clínica.
- Monitor Vapt-Vupt: Este, coitado, mal chegou já se foi. Geralmente trabalha em CRO. Nunca tem tempo pra nada... mas tem tempo de mandar e-mails gigantes pro centro cobrando as coisas, isso sim. Este monitor nem tem tempo de conversar, durante a visita: 20 minutos para revisar o Binder, 30 minutos pra monitorar mil pacientes e mais 15 minutos pra revisar medicação. Fui, o táxi tá lá embaixo esperando... Lado bom: ??? Lado ruim: má qualidade do trabalho e falta de relacionamento com o centro.
- Monitor O-Gato-Comeu-a-Língua: Nem precisa falar, né? Aliás, é isso... Este monitor estar ou não no centro não faz diferença, o bonito chega, trabalha e vai embora sem ninguém perceber, a não ser pela grande quantidade de post-its, editing/monitoring notes e queries abertas no eCRF. O lado bom deste, é que tem uma convivência boa com os centros, uma vez que ficam na sua e não incomodam ninguém.

É claro que existem mais inúmeros outros tipos de monitores, cabe ao centro classificar o seu. Mas você, monitor, não se preocupe! O centro mal tem tempo de responder aos seus e-mails, eles não vão perder tempo classificando monitores, ok? Acho que isso podemos fazer nós, o que acham? Que tipo de monitor você é?