Recentemente li uma notícia que pareceria piada se não fosse trágica.
O Brasil importou dois contêineres com lixo e restos hospitalares dos EUA e distribuiu em alguns estados do Nordeste...
O mais absurdo não é isso. A situação conseguiu ser ainda pior!
Venderam este material para o povo!!! Isso mesmo, os lençóis dos Hospitais de sabe-se-lá-onde foram vendidos por lojas e camelôs dos Estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Piauí.
A reportagem na TV entrevistou um senhor, dono de um Hotel na Paraíba, que comprou lençóis por 2 reais cada e não teve dúvida, colocou em todos os quartos do Hotel... Detalhe: todos os lençóis tinham o logotipo do Hospital de onde vieram! Segundo o dono do hotel: “Eu percebi que tinha uns escritos em inglês, mas achei que era propaganda.” – sem comentários. Abram o olho nos hotéis da Paraíba, por favor!
Galera da monitoria, podemos estar dormindo em maus lençóis literalmente...
Recentemente, recebi e-mail de uma monitora que depois daquele longo dia de monitoria, foi pra o hotel, tomou um banho e pulou na cama... ao colocar a mão embaixo do travesseiro pra finalmente se ajeitar... surpresa!!! Eis que ela encontrou uma caixa de Viagra!!! Isso mesmo!
Não sei o que é o pior desta história... se o hotel não ter trocado o lençol ou ter que imaginar o que o hóspede anterior fez em cima deste lençol... Arghhhhhttt
Aquela cobertinha florida é a primeira a ser jogada longe, ou pelo menos deveria, tenho um amigo que trabalha em Hotel e ele mesmo diz... os cobertores e edredons de Hotéis são lavados de vez em nunca...
Mas e agora, o que fazer? Levar a roupa de cama de casa? Levar um álcool spray pra passar na cama antes de dormir? Levar um saco de dormir? Ou levar uma luz-negra pra avaliar os resíduos biológicos presentes no lençol?
Não sei... acho que procurar o logotipo de um Hospital no lençol já é um bom começo... e depois de alguns anos de monitoria acredito que criamos uma certa resistência.
E você? Quais or rituais que você tem quando chega em um Hotel? Costuma fazer uma vistoria completa antes de dormir? Conte sua história pra gente! Ou só pra mim: vidademonitor@gmail.com
Este é um blog pra contar as aventuras e histórias engraçadas de uma Monitora de Pesquisa Clínica que vive por aí andando por todo canto desse país! Na maioria das vezes estou sozinha, nas situações mais engraçadas inclusive, por isso acho que um blog é uma boa forma de dividir pensamentos e comentários que não consegui fazer pra ninguém no momento. Se você é da área de Pesquisa Clínica vai entender plenamente tudo. Se não for, don´t worry baby, vai entender do mesmo jeito!
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
domingo, 7 de agosto de 2011
Monitor Harry Potter - IMV em Hogwarts
Em homenagem ao término da saga Harry Potter, seguem umas dicas bem úteis para você ler com calma enquanto espera o Expresso de Hogwarts na plataforma 9 e ½...espera aí... acho que o portal mudou...9 e ¼, talvez! Pois quem disse que fazer monitoria não é fazer mágica?
Seu centro se parece com o castelo de Hogwarts? É um mausoléu velho, escuro, com escadas que se movem? Tem quadros nas paredes com antigos diretores que estão conversando? Relaxa! Você precisa de umas boas horas de sono, isso sim! Mas o dia está só começando, então bora ver o que o Chapéu Site Seletor reservou para você!
Você chega no centro e se depara com o elenco inteiro do filme? Veja como entender melhor suas personalidades e sobreviver:
Coordenador da Grifinória: um verdadeiro capitão do time de Quadribol! Ele poderia substituir o Olivio Wood, Rony Weasley, Caty Bell, Alicia Silverstone e quem mais do time você conseguir lembrar! Tem a precisão de um Batedor para preencher a CRF e quando você acha que o PI fugiu, o coordenador aparece com ele pelo colarinho, como se tivesse capturado o Pomo de Ouro!
Coordenador da Sonserina: um verdadeiro descendente de Voce-Sabe-Quem! Procure a Marca Negra tatuada no braço, se não encontrar, pode estar certo que ele tatuou em outro lugar! Neste caso, só administrando um Veritaserum para ele dizer a verdade! Ele grita como uma Mandrágora e te entristece como um Dementador...dá-lhe Chocolate e um Patrono daqueles!! Tente a poção Felix Felicis...se não funcionar...Estupefata!
Estagiário do Coordenador: o próprio Elfo Doméstico! Vive sendo chicoteado por todos mas tá sempre lá, fingindo ser o seu servo. Não se engane, assim que ele ganhar um par de meias do PI (eca!) e for libertado...vai agir como o Monstro.
PI da Grifinória: Quase um Dumbledore! Velhinho simpático, super atencioso com você e a equipe do estudo. Tem muita experiência e o respeito de todos! (Pena que morre antes do estudo acabar...como no livro).
PI da Sonserina: Snape! Acredita que só os individuos sangue-puro devem sobreviver, ou seja, os médicos! Olhe sempre para o alto antes de entrar no centro...se a Marca Negra estiver pairando no céu, fuja!
PI da Lufa Lufa: Luna Lovegood! Você lá fugindo do Trasgo e do Basilisco juntos e a PI no mundo da lua! Diga que você lê o Pasquim (escrito pelo pai dela!) quem sabe ela simpatiza com você e volta pra Terra!
Coletador: Nick-quase-sem-cabeça – você nunca vê, mas ainda acredita que ele existe.
Cuidado! Talvez ele já tenha morrido a muuuuuito tempo e apenas assombra o Delegation!
Radiologista: se ele for um Gilderoy Lockhart, que faz tudo por uma boa imagem..congrats! 50 pontos para a Grifinória!
Achou que você iria escapar? Tsc, tsc... o CRA também faz parte do elenco:
CRA Hermione Granger: Ao invés de seguir a profissão dos pais (dentistas - trouxas) resolveu ser monitora...trouxa! Prova maior de que não se pode fugir do destino!
CRA Hagrid: Sai derrubando tudo no centro, mas tem um bom coração. Cria uns monstrinhos perigosos no centro, alimentados com templates de todos os tipos.
Na hora do almoço você procura algum lugar para comer e se sente no Beco Diagonal? Tudo é meio misterioso...com cara de empoeirado? Tamo junto! Compra um pacote de feijoezinhos-de-todos-os-sabores, um suco de abóbora (deixa a cerveja amanteigada para sexta!) e um sapo de chocolate (tudo bem embaladinho!) e manda ver!
Data lock: Momento da detenção com o Professor Snape! Sabe todos os seus pecados, mas todos mesmo? Então...você terá que dominar a arte da Oclumência para não dormir pensando em queries/DCFs (seja lá o nome dessa arte das trevas que o Data Manager queira dar!) Nada a fazer...seja um Ofidioglota e convença a sua coordenadora a resolver tudo no prazo!
Seu centro se parece com o castelo de Hogwarts? É um mausoléu velho, escuro, com escadas que se movem? Tem quadros nas paredes com antigos diretores que estão conversando? Relaxa! Você precisa de umas boas horas de sono, isso sim! Mas o dia está só começando, então bora ver o que o Chapéu Site Seletor reservou para você!
Você chega no centro e se depara com o elenco inteiro do filme? Veja como entender melhor suas personalidades e sobreviver:
Coordenador da Grifinória: um verdadeiro capitão do time de Quadribol! Ele poderia substituir o Olivio Wood, Rony Weasley, Caty Bell, Alicia Silverstone e quem mais do time você conseguir lembrar! Tem a precisão de um Batedor para preencher a CRF e quando você acha que o PI fugiu, o coordenador aparece com ele pelo colarinho, como se tivesse capturado o Pomo de Ouro!
Coordenador da Sonserina: um verdadeiro descendente de Voce-Sabe-Quem! Procure a Marca Negra tatuada no braço, se não encontrar, pode estar certo que ele tatuou em outro lugar! Neste caso, só administrando um Veritaserum para ele dizer a verdade! Ele grita como uma Mandrágora e te entristece como um Dementador...dá-lhe Chocolate e um Patrono daqueles!! Tente a poção Felix Felicis...se não funcionar...Estupefata!
Estagiário do Coordenador: o próprio Elfo Doméstico! Vive sendo chicoteado por todos mas tá sempre lá, fingindo ser o seu servo. Não se engane, assim que ele ganhar um par de meias do PI (eca!) e for libertado...vai agir como o Monstro.
PI da Grifinória: Quase um Dumbledore! Velhinho simpático, super atencioso com você e a equipe do estudo. Tem muita experiência e o respeito de todos! (Pena que morre antes do estudo acabar...como no livro).
PI da Sonserina: Snape! Acredita que só os individuos sangue-puro devem sobreviver, ou seja, os médicos! Olhe sempre para o alto antes de entrar no centro...se a Marca Negra estiver pairando no céu, fuja!
PI da Lufa Lufa: Luna Lovegood! Você lá fugindo do Trasgo e do Basilisco juntos e a PI no mundo da lua! Diga que você lê o Pasquim (escrito pelo pai dela!) quem sabe ela simpatiza com você e volta pra Terra!
Coletador: Nick-quase-sem-cabeça – você nunca vê, mas ainda acredita que ele existe.
Cuidado! Talvez ele já tenha morrido a muuuuuito tempo e apenas assombra o Delegation!
Radiologista: se ele for um Gilderoy Lockhart, que faz tudo por uma boa imagem..congrats! 50 pontos para a Grifinória!
Achou que você iria escapar? Tsc, tsc... o CRA também faz parte do elenco:
CRA Hermione Granger: Ao invés de seguir a profissão dos pais (dentistas - trouxas) resolveu ser monitora...trouxa! Prova maior de que não se pode fugir do destino!
CRA Hagrid: Sai derrubando tudo no centro, mas tem um bom coração. Cria uns monstrinhos perigosos no centro, alimentados com templates de todos os tipos.
Na hora do almoço você procura algum lugar para comer e se sente no Beco Diagonal? Tudo é meio misterioso...com cara de empoeirado? Tamo junto! Compra um pacote de feijoezinhos-de-todos-os-sabores, um suco de abóbora (deixa a cerveja amanteigada para sexta!) e um sapo de chocolate (tudo bem embaladinho!) e manda ver!
Data lock: Momento da detenção com o Professor Snape! Sabe todos os seus pecados, mas todos mesmo? Então...você terá que dominar a arte da Oclumência para não dormir pensando em queries/DCFs (seja lá o nome dessa arte das trevas que o Data Manager queira dar!) Nada a fazer...seja um Ofidioglota e convença a sua coordenadora a resolver tudo no prazo!
Monitoria nos tempos da ficha telefônica
Oi Gente, alguém postou um comentário no Blog que achei interessante pra virar um Post! Como era monitorar há 20 anos atrás... Adorei!!!
Comecei em monitoria há exatos 21 anos.
Como era??? Tinha suas vantagens e desvantagens. Honestamente não sei especificar quais eram as vantagens ou desvantagens, voces decidem.
• Após todos os treinamentos serem feitos e sermos declarados um monitor independente recebíamos, entre outras ferramentas de trabalho, uma caixa de moeda para telefone público (moeda sim, ainda não tinha cartão);
• As vezes um issue sério no centro ou uma dúvida apareciam e tínhamos que chamar o gerente. Tinhamos sorte quando o orelhão ficava nos corredor do Hospital, se não, tínhamos que ir para a rua mesmo (tenho várias estórias engraçadas mas acho que isso seria um tópico em separado: Comunicação há 20 anos);
• Messagem urgente só com Telex (voces sabem o que vem a ser isso?);
• Relatórios em papel carbonado - as vias branca e rosa para a matriz, a amarela no arquivo do monitor;
• CRF em papel (com sorte o carbonado, assim não necessitávamos tirar cópia) e como não podíamos despachar carregavámos tudo como bagagem de mão - imaginem o peso tendo as vezes 30 CRFs (50 folhas cada);
• E os centros de pesquisa então??? PI declarando: „No momento o monitor pode trabalhar no corredor do hospital, olha esse cinzeiro é bom para apoiar o CRF enquanto voce faz SDV (é naquele tempo podia-se fumar dentro do hospital), mas prometemos arrumar um cantinho para voce logo que o estudo começar“ – passaram-se 3 anos e eu no mesmo corredor;
• Isso sem dizer que ao fazer uma visita de qualificação e o PI todo orgulhoso abria o armário ("separei especialmente para os documentos do estudo") e saia uma daquelas baratas enormes e cascudas voando na sua direção;
• Voce ficava uma semana em monitoria e portanto uma semana sem cobrança por parte da matriz ou do chefe, não precisava ler / responder emails no hotel após 11 horas de visita, não tinha revisor de relatórios, o pessoal do centro não te ligava a cada 5 minutos para perguntar „o que eu faço agora???“, não tinha treinamento on line; voce podia ficar pelo menos 2 dias no centro monitorando (conforme o estudo até uma semana) e principalmente, quando voce fazia monitoria era só monitoria, sem TC, sem emails, sem messager, sem celular.
Essa foi só uma pincelada. Teria mais para escrever, mas enfim precido trabalhar: tenho uma TC daqui a 5 minutos de ontem pra hoje chegaram 53 emails – todos urgentes.
Comecei em monitoria há exatos 21 anos.
Como era??? Tinha suas vantagens e desvantagens. Honestamente não sei especificar quais eram as vantagens ou desvantagens, voces decidem.
• Após todos os treinamentos serem feitos e sermos declarados um monitor independente recebíamos, entre outras ferramentas de trabalho, uma caixa de moeda para telefone público (moeda sim, ainda não tinha cartão);
• As vezes um issue sério no centro ou uma dúvida apareciam e tínhamos que chamar o gerente. Tinhamos sorte quando o orelhão ficava nos corredor do Hospital, se não, tínhamos que ir para a rua mesmo (tenho várias estórias engraçadas mas acho que isso seria um tópico em separado: Comunicação há 20 anos);
• Messagem urgente só com Telex (voces sabem o que vem a ser isso?);
• Relatórios em papel carbonado - as vias branca e rosa para a matriz, a amarela no arquivo do monitor;
• CRF em papel (com sorte o carbonado, assim não necessitávamos tirar cópia) e como não podíamos despachar carregavámos tudo como bagagem de mão - imaginem o peso tendo as vezes 30 CRFs (50 folhas cada);
• E os centros de pesquisa então??? PI declarando: „No momento o monitor pode trabalhar no corredor do hospital, olha esse cinzeiro é bom para apoiar o CRF enquanto voce faz SDV (é naquele tempo podia-se fumar dentro do hospital), mas prometemos arrumar um cantinho para voce logo que o estudo começar“ – passaram-se 3 anos e eu no mesmo corredor;
• Isso sem dizer que ao fazer uma visita de qualificação e o PI todo orgulhoso abria o armário ("separei especialmente para os documentos do estudo") e saia uma daquelas baratas enormes e cascudas voando na sua direção;
• Voce ficava uma semana em monitoria e portanto uma semana sem cobrança por parte da matriz ou do chefe, não precisava ler / responder emails no hotel após 11 horas de visita, não tinha revisor de relatórios, o pessoal do centro não te ligava a cada 5 minutos para perguntar „o que eu faço agora???“, não tinha treinamento on line; voce podia ficar pelo menos 2 dias no centro monitorando (conforme o estudo até uma semana) e principalmente, quando voce fazia monitoria era só monitoria, sem TC, sem emails, sem messager, sem celular.
Essa foi só uma pincelada. Teria mais para escrever, mas enfim precido trabalhar: tenho uma TC daqui a 5 minutos de ontem pra hoje chegaram 53 emails – todos urgentes.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Classificando Monitores
Queridos companheiros de jornada,
peço mil desculpas pela ausência! Não me esqueci de vocês não, mas este negócio de ser monitora blogeira é difícil, viu! Estive beeem ocupada ultimamente, mas estou aqui de novo! Here we go agaaaaaaain!
Ultimamente, andei por alguns centros que nunca estive antes. Na primeira visita em um centro, eu sinto isso: a primeira impressão da monitora é a que fica!
Sei que o centro fica me avaliando, aguardando um deslize, um momento de distração... Meio querendo saber se sou o tipo de monitora General, se sou Pitizenta, se sou a Vapt-Vupt ou se faço a linha O-Gato-Comeu-a-Língua (também conhecido como linha Oriental). Podemos inclusive descrever estes tipos de monitores:
- Monitor General: Este sabe tudo. Se não sabe inventa, literalmente! Manda daqui, manda de lá: todos devem trabalhar ao seu favor no momento que ele precisa. Surgiu uma dúvida na monitoria? Pra que deixar pra perguntar tudo depois? "Coordenadoraaaaaaaa... olha o que eu achei aquiiii..." Monitores deste tipo acabam, geralmente, tendo problemas com os PIs, estes que, como todo médico, ou acham que são Deus ou tem certeza de que são Deus. Lado bom: geralmente este monitor se dá bem na carreira e vira gerente, afinal é melhor ser temido do que amado, né?
- Monitora Pitizenta: Na boa, sou mulher, adoro ser mulher, mas esta categoria é somente para monitorAs, do sexo feminino. Esta monitora é aquela que chora, grita, esperneia quando a coisa aperta. Durante um estudo, são inúmeras as vezes que a coisa aperta, então, be prepared... serão séries de pitís dos mais variados: Ao telefone, pessoalmente e por e-mail. O lado bom é que às vezes o centro se sensibiliza e fica com dó da monitora desesperada chorando, fazendo assim alguma coisa (de vez em quando). Seres assim não aguentam a carreira por muitos anos, no máximo 4 ou 5 anos, depois vão fazer algo totalmente diferente e nunca mais querem nem ouvir falar em Pesquisa Clínica.
- Monitor Vapt-Vupt: Este, coitado, mal chegou já se foi. Geralmente trabalha em CRO. Nunca tem tempo pra nada... mas tem tempo de mandar e-mails gigantes pro centro cobrando as coisas, isso sim. Este monitor nem tem tempo de conversar, durante a visita: 20 minutos para revisar o Binder, 30 minutos pra monitorar mil pacientes e mais 15 minutos pra revisar medicação. Fui, o táxi tá lá embaixo esperando... Lado bom: ??? Lado ruim: má qualidade do trabalho e falta de relacionamento com o centro.
- Monitor O-Gato-Comeu-a-Língua: Nem precisa falar, né? Aliás, é isso... Este monitor estar ou não no centro não faz diferença, o bonito chega, trabalha e vai embora sem ninguém perceber, a não ser pela grande quantidade de post-its, editing/monitoring notes e queries abertas no eCRF. O lado bom deste, é que tem uma convivência boa com os centros, uma vez que ficam na sua e não incomodam ninguém.
É claro que existem mais inúmeros outros tipos de monitores, cabe ao centro classificar o seu. Mas você, monitor, não se preocupe! O centro mal tem tempo de responder aos seus e-mails, eles não vão perder tempo classificando monitores, ok? Acho que isso podemos fazer nós, o que acham? Que tipo de monitor você é?
peço mil desculpas pela ausência! Não me esqueci de vocês não, mas este negócio de ser monitora blogeira é difícil, viu! Estive beeem ocupada ultimamente, mas estou aqui de novo! Here we go agaaaaaaain!
Ultimamente, andei por alguns centros que nunca estive antes. Na primeira visita em um centro, eu sinto isso: a primeira impressão da monitora é a que fica!
Sei que o centro fica me avaliando, aguardando um deslize, um momento de distração... Meio querendo saber se sou o tipo de monitora General, se sou Pitizenta, se sou a Vapt-Vupt ou se faço a linha O-Gato-Comeu-a-Língua (também conhecido como linha Oriental). Podemos inclusive descrever estes tipos de monitores:
- Monitor General: Este sabe tudo. Se não sabe inventa, literalmente! Manda daqui, manda de lá: todos devem trabalhar ao seu favor no momento que ele precisa. Surgiu uma dúvida na monitoria? Pra que deixar pra perguntar tudo depois? "Coordenadoraaaaaaaa... olha o que eu achei aquiiii..." Monitores deste tipo acabam, geralmente, tendo problemas com os PIs, estes que, como todo médico, ou acham que são Deus ou tem certeza de que são Deus. Lado bom: geralmente este monitor se dá bem na carreira e vira gerente, afinal é melhor ser temido do que amado, né?
- Monitora Pitizenta: Na boa, sou mulher, adoro ser mulher, mas esta categoria é somente para monitorAs, do sexo feminino. Esta monitora é aquela que chora, grita, esperneia quando a coisa aperta. Durante um estudo, são inúmeras as vezes que a coisa aperta, então, be prepared... serão séries de pitís dos mais variados: Ao telefone, pessoalmente e por e-mail. O lado bom é que às vezes o centro se sensibiliza e fica com dó da monitora desesperada chorando, fazendo assim alguma coisa (de vez em quando). Seres assim não aguentam a carreira por muitos anos, no máximo 4 ou 5 anos, depois vão fazer algo totalmente diferente e nunca mais querem nem ouvir falar em Pesquisa Clínica.
- Monitor Vapt-Vupt: Este, coitado, mal chegou já se foi. Geralmente trabalha em CRO. Nunca tem tempo pra nada... mas tem tempo de mandar e-mails gigantes pro centro cobrando as coisas, isso sim. Este monitor nem tem tempo de conversar, durante a visita: 20 minutos para revisar o Binder, 30 minutos pra monitorar mil pacientes e mais 15 minutos pra revisar medicação. Fui, o táxi tá lá embaixo esperando... Lado bom: ??? Lado ruim: má qualidade do trabalho e falta de relacionamento com o centro.
- Monitor O-Gato-Comeu-a-Língua: Nem precisa falar, né? Aliás, é isso... Este monitor estar ou não no centro não faz diferença, o bonito chega, trabalha e vai embora sem ninguém perceber, a não ser pela grande quantidade de post-its, editing/monitoring notes e queries abertas no eCRF. O lado bom deste, é que tem uma convivência boa com os centros, uma vez que ficam na sua e não incomodam ninguém.
É claro que existem mais inúmeros outros tipos de monitores, cabe ao centro classificar o seu. Mas você, monitor, não se preocupe! O centro mal tem tempo de responder aos seus e-mails, eles não vão perder tempo classificando monitores, ok? Acho que isso podemos fazer nós, o que acham? Que tipo de monitor você é?
terça-feira, 28 de junho de 2011
Vida de Monitor de Pesquisa Clínica...: Videozinho Vida de Monitor
http://www.youtube.com/watch?v=udEiMQE6Ajw
Videozinho Vida de Monitor
Vocês assistiram o videozinho que fiz pra vocês? Gostaram?
Assistam: http://www.youtube.com/watch?v=udEiMQE6Ajw
Como ainda sou nova neste tal de Youtube, não consigo fazer com que as pessoas deixem seus comentários na página... Alguém sabe como faço isso?
Ando bastante sem tempo ultimamente, mas prometo voltar a postar em breve!
Aguardem que mais videozinhos virão!
Assistam: http://www.youtube.com/watch?v=udEiMQE6Ajw
Como ainda sou nova neste tal de Youtube, não consigo fazer com que as pessoas deixem seus comentários na página... Alguém sabe como faço isso?
Ando bastante sem tempo ultimamente, mas prometo voltar a postar em breve!
Aguardem que mais videozinhos virão!
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Tipos de Visita do Monitor - Pré-Estudo
A visita de pré-estudo, seleção ou qualificação, é aquela visita na qual o monitor vai ao centro e verifica se o local possui condições estruturais e recursos para conduzir adequadamente o estudo. Então tá, vamos tentar desmascarar os centros nesta visita e realmente saber se eles são bons o suficiente para fazer parte de um determinado estudo. Seguindo os seguintes passos:
1. Agendar a visita = se o PI não tem agenda, não responde e-mails ou você não conseguiu que a secretária simplesmente transferisse a ligação pra ele: ESQUECE. Já dá um flavour de como será ao longo do estudo. Um PI inatingível e mais ausente do que o cometa Halley só traz problemas para você e para o estudo.
2. Durante a Visita = se ninguém separou nenhum dos documentos que você pediu: já sabe. Se antes do estudo começar já está assim, imagina depois. Nunca vão ler seus e-mails e não vão pegar nas Follow-up letters nem pra colocar na fogueirinha de São João!
3. Durante a apresentação do estudo = só ficou a coordenadora mesmo pra te receber e discutir o protocolo, o PI estava muito ocupado e não pode vir. Se puder fuja. Fale que esqueceu a chapinha ligada na tomada do quarto do Hotel. Se for homem, diga que você vai comprar cigarros e já volta.
4. Conhecendo as instalações do centro = se você não ver pacientes por todos os lados: questione. Se o banheiro não tem papel higiênico e o lugar reservado para o monitor é ruim: já sabe o quanto de consideração pelo seu trabalho este centro tem.
Na maioria das vezes, os centros são amáveis durante a visita de seleção, pois querem participar do estudo, mas existem vários sinais que podemos detectar se o centro é bom mesmo ou se é só fachada. Temos que desenvolver algumas técnicas...
E você, como consegue desmascarar o centro?
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Aeroportos - Embarcando em Congonhas
Um dos intuitos do blog é dar dicas de viagens. Já que precisamos viajar, que seja com requinte e sofisticação... Hahaha.
Vamos começar pelos aeroportos? Que tal Congonhas?
Congonhas - um inferno, principalmente às segundas-feiras. Tome seu café-da-manhã em casa, pois se depender de comprar algo por lá além de pagar os olhos da cara por um cafezinho com pão de queijo, o atendimento de todos os lugares onde vendem comida é péssimo.
As livrarias são apertadas e se você está com mala, esquece, vai se irritar com o povo te esbarrando!
Sempre que tenho um tempinho passo na lotérica pra fazer uma fézinha apesar de nunca ter ganho nada... mas ok, nunca tem muita gente por lá.
Agora o espaço mais inútil de Congonhas com certeza é a "Fatima Rendas"... nada que preste neste lugar...tsc tsc tsc... blusas horríveis e um manequim com um chapéu medonho. Sempre que posso, sento na frente desta loja só pra saber se existe alguém que compra AQUILO! Nesses últimos anos nunca vi ninguém comprando nada lá. Tenho minhas dúvidas. Será que é uma loja de fachada e por baixo daquelas rendas bizarras todas eles na verdade vendem substâncias ilícitas???
Bom, outra loja de intuito duvidoso é a loja da Mônica. Sério. Quem que vai viajar e no aeroporto pensa: Poxa, vou comprar uma cabaninha da Mônica pra viagem! Tá certo que a criançada deve adorar massss... Também tenho minhas dúvidas.
Quando você passar pelo raio-X pra embarcar não vá para o portão de embarque marcado no seu bilhete, ele vai mudar mesmo até a decolagem. É um tal de reposicionamento de aeronaves...
O inglês que usam para anunciar as informações é num dialeto compreensível somente pelos comissários de bordo da GOL ou da TAM ESTARALAIANCE!!!
E pegar ônibus pra embarcar? Nossa... que sufoco!
Vamos começar pelos aeroportos? Que tal Congonhas?
Congonhas - um inferno, principalmente às segundas-feiras. Tome seu café-da-manhã em casa, pois se depender de comprar algo por lá além de pagar os olhos da cara por um cafezinho com pão de queijo, o atendimento de todos os lugares onde vendem comida é péssimo.
As livrarias são apertadas e se você está com mala, esquece, vai se irritar com o povo te esbarrando!
Sempre que tenho um tempinho passo na lotérica pra fazer uma fézinha apesar de nunca ter ganho nada... mas ok, nunca tem muita gente por lá.
Agora o espaço mais inútil de Congonhas com certeza é a "Fatima Rendas"... nada que preste neste lugar...tsc tsc tsc... blusas horríveis e um manequim com um chapéu medonho. Sempre que posso, sento na frente desta loja só pra saber se existe alguém que compra AQUILO! Nesses últimos anos nunca vi ninguém comprando nada lá. Tenho minhas dúvidas. Será que é uma loja de fachada e por baixo daquelas rendas bizarras todas eles na verdade vendem substâncias ilícitas???
Bom, outra loja de intuito duvidoso é a loja da Mônica. Sério. Quem que vai viajar e no aeroporto pensa: Poxa, vou comprar uma cabaninha da Mônica pra viagem! Tá certo que a criançada deve adorar massss... Também tenho minhas dúvidas.
Quando você passar pelo raio-X pra embarcar não vá para o portão de embarque marcado no seu bilhete, ele vai mudar mesmo até a decolagem. É um tal de reposicionamento de aeronaves...
O inglês que usam para anunciar as informações é num dialeto compreensível somente pelos comissários de bordo da GOL ou da TAM ESTARALAIANCE!!!
E pegar ônibus pra embarcar? Nossa... que sufoco!
Companheiros, recebi este e-mail de uma colega monitora, adorei e publiquei! Ela autorizou que o nome dela aparecesse... valeu Raquel!
Lendo todas estas histórias no blog, o seguinte pensamento veio à tona: “Nossa!! Ela descreveu exatamente tudo o que eu passo!!” E tenho certeza que esse não foi um pensamento só meu. Não importa onde a gente trabalha ou há quanto tempo estamos nessa vida maluca de monitor, as histórias e identidades se confundem e se misturam. Por isso, resolvi escrever alguma coisa para o blog também, ou apenas um depoimento para esta pessoa secreta que criou esse diário de um monitor!!
Pensei em vários temas do nosso dia-a-dia... são tantos! Vivenciamos vários contos engraçados, estressantes e até constrangedores. Aí veio à minha cabeça uma pergunta que pode gerar horas de conversa e muitas risadas: qual foi o lugar mais inusitado, engraçado ou esquisito que você já fez monitoria????
Certeza que teremos milhares de respostas para essa pergunta. Não é todo mundo que tem o privilégio de monitorar aquele centro arrumadinho, com sala de monitoria, cabo de internet, bancadas e quiçá lanchinho e frigobar!!!
Já escutei histórias de monitoria em consultório médico, em cima de macas com paciente sendo atendido ou operado ao lado... em corredores nas cadeiras de espera, ao lado de pacientes e representantes esperando para serem atendidos pelos nossos queridos investigadores.... no conforto médico, onde os médicos descansam e se trocam entre uma cirurgia e outra.... escutei até uma história de monitoria no banheiro!!!!!! Pois é... nos sujeitamos a cada coisa...
Se não bastassem nossas salas de monitoria improvisadas, ainda temos algumas histórias de centros e hospitais! Quem nunca monitorou no Hospital Pedro Ernesto no Rio de Janeiro e ficou chocada com aquela mega estrutura?? Começando pelo elevador com ascensorista e que a única forma de chamar o elevador é bater na porta e gritar o andar!!! O Rio ainda tem o exemplo dos centros do lado das favelas.... com tiros ao lado e tudo! Nesses lugares, colete a prova de balas vira acessório obrigatório de monitoria. Mas São Paulo e outras cidades tem seus exemplos também....
Mas sempre podemos achar algum lado bom das coisas.... nesses lugares estranhos e perigosos que monitoramos deve ter algo legal....é só pensar....ah! Monitorar no Heliópolis pode ser perigoso, mas aposto que os monitores adoram o toque de recolher às 16h!!! J
Pelo menos damos muitas risadas e temos várias histórias para contar!
By Raquel Saponara
Lendo todas estas histórias no blog, o seguinte pensamento veio à tona: “Nossa!! Ela descreveu exatamente tudo o que eu passo!!” E tenho certeza que esse não foi um pensamento só meu. Não importa onde a gente trabalha ou há quanto tempo estamos nessa vida maluca de monitor, as histórias e identidades se confundem e se misturam. Por isso, resolvi escrever alguma coisa para o blog também, ou apenas um depoimento para esta pessoa secreta que criou esse diário de um monitor!!
Pensei em vários temas do nosso dia-a-dia... são tantos! Vivenciamos vários contos engraçados, estressantes e até constrangedores. Aí veio à minha cabeça uma pergunta que pode gerar horas de conversa e muitas risadas: qual foi o lugar mais inusitado, engraçado ou esquisito que você já fez monitoria????
Certeza que teremos milhares de respostas para essa pergunta. Não é todo mundo que tem o privilégio de monitorar aquele centro arrumadinho, com sala de monitoria, cabo de internet, bancadas e quiçá lanchinho e frigobar!!!
Já escutei histórias de monitoria em consultório médico, em cima de macas com paciente sendo atendido ou operado ao lado... em corredores nas cadeiras de espera, ao lado de pacientes e representantes esperando para serem atendidos pelos nossos queridos investigadores.... no conforto médico, onde os médicos descansam e se trocam entre uma cirurgia e outra.... escutei até uma história de monitoria no banheiro!!!!!! Pois é... nos sujeitamos a cada coisa...
Se não bastassem nossas salas de monitoria improvisadas, ainda temos algumas histórias de centros e hospitais! Quem nunca monitorou no Hospital Pedro Ernesto no Rio de Janeiro e ficou chocada com aquela mega estrutura?? Começando pelo elevador com ascensorista e que a única forma de chamar o elevador é bater na porta e gritar o andar!!! O Rio ainda tem o exemplo dos centros do lado das favelas.... com tiros ao lado e tudo! Nesses lugares, colete a prova de balas vira acessório obrigatório de monitoria. Mas São Paulo e outras cidades tem seus exemplos também....
Mas sempre podemos achar algum lado bom das coisas.... nesses lugares estranhos e perigosos que monitoramos deve ter algo legal....é só pensar....ah! Monitorar no Heliópolis pode ser perigoso, mas aposto que os monitores adoram o toque de recolher às 16h!!! J
Pelo menos damos muitas risadas e temos várias histórias para contar!
By Raquel Saponara
Confidencialidade é a alma do negócio!
Muita gente anda me mandando mensagens perguntando minha identidade, se trabalho em pesquisa mesmo, se conheço fulano ou ciclano... Como vocês sabem, a confidencialidade é tudo na Pesquisa Clínica! E outra, o que escrevo aqui não tem nada a ver com a empresa onde trabalho! E como ainda quero continuar trabalhando, este disfarce faz-se necessário.
Na verdade não importa quem sou e sim o que vivo que é exatamente a mesma realidade que você... acordar cedo, aeroporto, centro, monitoria, relatórios...
Esta semana foi engraçado uma monitora X me perguntando se já vi o blog da "monitora de pesquisa clínica" e me mostrou o blog e eu na maior cara de pau falei que nunca tinha visto... hahaha... ainda bem que ela gostou!
Na verdade não importa quem sou e sim o que vivo que é exatamente a mesma realidade que você... acordar cedo, aeroporto, centro, monitoria, relatórios...
Esta semana foi engraçado uma monitora X me perguntando se já vi o blog da "monitora de pesquisa clínica" e me mostrou o blog e eu na maior cara de pau falei que nunca tinha visto... hahaha... ainda bem que ela gostou!
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Titio CRA
Hoje estava pensando: "Como era mesmo o mundo antes do Google?" Fiquei um tempão filosofando sobre isso...
Antes pra buscar uma informação se olhava em livros, revistas, páginas amarelas, na Barsa... Faz de conta que eu num lembro como era pra num entregar minha idade, ok? Ah, pra você que é mais jovenzinho dá um Google pra saber o que é Barsa, mas coloca enciclopédia senão aparece o time de futebol!
Bem, naquela época o mundo nem parecia difícil, mas olhando hoje... nossa como a gente sofria!
Nesta mesma linha de pensamento me perguntei: E como era a Pesquisa Clínica sem internet? Sem e-mail? Isso eu já não imagino!!! De jeito nenhum!
Imagina você chegar no escritório e... e... não abrir o Outlook??? Meu Deus!!! Eu conseguiria? Será que os monitores chegavam e faziam o que? Iam passar o relatório da visita pro PC e depois passar por fax pra o Patrocinador? Será? Pra falar com o gerente tinha que LIGAR pra ele, nossa que coisa horrível!
Fico com vergonha de perguntar pro povo mais antigo como era a Pesquisa há 20 anos atrás por dois motivos:
1. Pra pessoa não ficar se sentindo velha (geralmente é mulher e nós nos importamos mais do que deveríamos com o quesito idade) e
2. Porque geralmente esta pessoa já é ultra-blaster-master-manager-diretor(a)-presidente, porque já está na área há um tempo.
O CRF eletrônico é uma novidade que veio pra mandar o CRF de papel pro museu, né? Já tem monitor Senior que nunca trabalhou com CRF de papel, olha só!!!
Falando em papel, este é um ponto que a Pesquisa ainda tem muito o que melhorar... Quanto papel a gente usa!!! Já desmatamos metade da Amazônia só imprimindo e-mails pra arquivar naquela parte "Correspondence" que ninguém nunca olha depois... Nem o auditor olha esta divisória da pasta tá?
Tem lugares que já tem arquivo eletrônico mas o pessoal imprime tudo mesmo assim... Vai que, né? Quem trabalha com pesquisa é sempre muito desconfiado, tem um plano de contingência pra tudo... Se o arquivo eletrônico apaga tem o back-up, se o back-up estraga, tem o arquivo em papel! Mas e se o papel pegar fogo? Ah... Com certeza tem um SOP que já contempla isso, don´t worry!
Mas então, alguém aí se arrisca a contar pra gente como era ser monitor há uns 20 anos atrás???
Antes pra buscar uma informação se olhava em livros, revistas, páginas amarelas, na Barsa... Faz de conta que eu num lembro como era pra num entregar minha idade, ok? Ah, pra você que é mais jovenzinho dá um Google pra saber o que é Barsa, mas coloca enciclopédia senão aparece o time de futebol!
Bem, naquela época o mundo nem parecia difícil, mas olhando hoje... nossa como a gente sofria!
Nesta mesma linha de pensamento me perguntei: E como era a Pesquisa Clínica sem internet? Sem e-mail? Isso eu já não imagino!!! De jeito nenhum!
Imagina você chegar no escritório e... e... não abrir o Outlook??? Meu Deus!!! Eu conseguiria? Será que os monitores chegavam e faziam o que? Iam passar o relatório da visita pro PC e depois passar por fax pra o Patrocinador? Será? Pra falar com o gerente tinha que LIGAR pra ele, nossa que coisa horrível!
Fico com vergonha de perguntar pro povo mais antigo como era a Pesquisa há 20 anos atrás por dois motivos:
1. Pra pessoa não ficar se sentindo velha (geralmente é mulher e nós nos importamos mais do que deveríamos com o quesito idade) e
2. Porque geralmente esta pessoa já é ultra-blaster-master-manager-diretor(a)-presidente, porque já está na área há um tempo.
O CRF eletrônico é uma novidade que veio pra mandar o CRF de papel pro museu, né? Já tem monitor Senior que nunca trabalhou com CRF de papel, olha só!!!
Falando em papel, este é um ponto que a Pesquisa ainda tem muito o que melhorar... Quanto papel a gente usa!!! Já desmatamos metade da Amazônia só imprimindo e-mails pra arquivar naquela parte "Correspondence" que ninguém nunca olha depois... Nem o auditor olha esta divisória da pasta tá?
Tem lugares que já tem arquivo eletrônico mas o pessoal imprime tudo mesmo assim... Vai que, né? Quem trabalha com pesquisa é sempre muito desconfiado, tem um plano de contingência pra tudo... Se o arquivo eletrônico apaga tem o back-up, se o back-up estraga, tem o arquivo em papel! Mas e se o papel pegar fogo? Ah... Com certeza tem um SOP que já contempla isso, don´t worry!
Mas então, alguém aí se arrisca a contar pra gente como era ser monitor há uns 20 anos atrás???
quarta-feira, 11 de maio de 2011
E o salário ó...
Gente, de verdade, tem centro que num dá.
Sinceramente, se o PI quer fazer pesquisa clínica tem que ter uma equipe que saiba fazer pesquisa clínica. Fácil assim. Ponto!
Gente interessada num centro de pesquisa é a melhor coisa que um monitor pode encontrar - me faz brilhar os olhos...
Era só um desabafo... o dia hoje num foi fácil!
Sinceramente, se o PI quer fazer pesquisa clínica tem que ter uma equipe que saiba fazer pesquisa clínica. Fácil assim. Ponto!
Gente interessada num centro de pesquisa é a melhor coisa que um monitor pode encontrar - me faz brilhar os olhos...
Era só um desabafo... o dia hoje num foi fácil!
Ah o vôo atrasou?
Pessoal das viagens, quem nunca se estressou com os contantes atrasos de companias aéreas? Infelizmente (ou felizmente - depende do ponto de vista) vivemos no Brasil e por aqui o conhecido Brazilian way, ou jeitinho brasileiro, não tem como pontualidade um de seus pontos fortes.
O problema maior com certeza é a falta de estrutura dos aeroportos - é muita gente pra pouco espaço e poucas cias. aéreas. O que acaba acontecendo é que nos acostumamos ao caos.
O povo mais pacífico do mundo é o brasileiro, isso eu num tenho dúvida... ninguém quer entrar numa briga ou armar um barraco básico para exigir seus direitos. deixa pra lá, afinal, alguém sempre toma a frente, num é?
Um colega monitor passou por um perrengue e não deixou barato: escreveu pra um Jornal e reclamou mesmo! Conseguiu esta nota publicada e que a TAM o reembolsasse pelos gastos que teve devido ao atraso! Valeu LM001 por sua história! Mandem mais histórias para o vidademonitor@gmail.com
Fuiiii!!!
sábado, 7 de maio de 2011
Taxistas
Ah os taxistas... o que seria de nós, monitores, se não fossem os taxistas? Nesses anos de vida bandida encontrei cada figura!!! Na verdade descobri que o melhor taxista é aquele que chega na hora marcada (sem interfonar meia hora antes), te ajuda a colocar a mala no carro, não reclama porque o pagamento é em boleto, não quer conversar muito, é gentil, escuta bem (muito importante!), é rápido e pratica a direção defensiva. Bom, confesso que nunca encontrei um ser assim nesses últimos anos...
Falei que é importante escutar bem porque uma vez peguei um taxista, um senhorzinho fofo coitado, só que era mais surdo do que uma porta. Até aí tudo bem, respeito as diferenças, mas o problema é que ele olhava pra trás toda hora pra fazer a leitura labial! Que medo! Nunca o caminho até o eroporto de Guarulhos foi tão longo...
Uma vez chegando em Congonhas já estressadíssima, tinha ficado a semana inteira fora, peguei onibusinho no desembarque, esperei 30 minutos minha mala na esteira, mais 40 minutos na fila do taxi, e eu quando entro no taxi (imbecilmente) pergunto: “Nossa que trânsito, aconteceu alguma coisa em São Paulo hoje?” E o taxista me responde sério:
“- Hoje aconteceu algo em São Paulo que nenhum homem na face da Terra nunca explicará”
E eu já desesperada: “Nossa, o que aconteceu???” – esperando o pior. E o sujeito emenda: “Hoje Deus jogou sobre nós sua graça através da chuva! Aleluia! Deus é Fiel e Jesus Cristo é o Senhor! Aleluia!”. E eu acreditando que era câmera escondida ou taxi do Gugu dei risada – acho que num foi um momento muito bom pra rir, taxista ficou bravo mesmo. Aí pronto, foi o caminho inteiro tentando me converter. Eu deveria ter simulado um desmaio, uma convulsão ou ter entrado na onda do Aleluia, mas ainda assim resisti. E não me converti. E no final ele me disse: “Que o Senhor tenha piedade de você, ser-sem-fé”. Pode?
Tem taxis por este Brasil que teho medo de colocar o pé no chão, principalmente se estou de sandália... penso que é uma casinha perfeita pra baratas!
Temos que conviver com os taxistas, mas fica a dica: nunca discuta, futebol, religião ou política com um deles – isso pode ser perigoso pra você!
Falei que é importante escutar bem porque uma vez peguei um taxista, um senhorzinho fofo coitado, só que era mais surdo do que uma porta. Até aí tudo bem, respeito as diferenças, mas o problema é que ele olhava pra trás toda hora pra fazer a leitura labial! Que medo! Nunca o caminho até o eroporto de Guarulhos foi tão longo...
Uma vez chegando em Congonhas já estressadíssima, tinha ficado a semana inteira fora, peguei onibusinho no desembarque, esperei 30 minutos minha mala na esteira, mais 40 minutos na fila do taxi, e eu quando entro no taxi (imbecilmente) pergunto: “Nossa que trânsito, aconteceu alguma coisa em São Paulo hoje?” E o taxista me responde sério:
“- Hoje aconteceu algo em São Paulo que nenhum homem na face da Terra nunca explicará”
E eu já desesperada: “Nossa, o que aconteceu???” – esperando o pior. E o sujeito emenda: “Hoje Deus jogou sobre nós sua graça através da chuva! Aleluia! Deus é Fiel e Jesus Cristo é o Senhor! Aleluia!”. E eu acreditando que era câmera escondida ou taxi do Gugu dei risada – acho que num foi um momento muito bom pra rir, taxista ficou bravo mesmo. Aí pronto, foi o caminho inteiro tentando me converter. Eu deveria ter simulado um desmaio, uma convulsão ou ter entrado na onda do Aleluia, mas ainda assim resisti. E não me converti. E no final ele me disse: “Que o Senhor tenha piedade de você, ser-sem-fé”. Pode?
Tem taxis por este Brasil que teho medo de colocar o pé no chão, principalmente se estou de sandália... penso que é uma casinha perfeita pra baratas!
Temos que conviver com os taxistas, mas fica a dica: nunca discuta, futebol, religião ou política com um deles – isso pode ser perigoso pra você!
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Você é um monitor cego?

Olha que pra quem num é dá área já vai imaginar um pobre monitor de pastinha, óculos escuro, bengala e cão guia a tira-colo. Pra quem é da área sabe que num é nada disso! Bom, nem tô a fim de explicar também o que é... Aliás, detesto explicar o que faço. É sério, ninguém nunca entende mesmo.
Até evito conversar com taxista porque mais cedo ou mais tarde a fatídica pergunta sempre vem:
Com o que você trabalha?Pronto. E pra explicar?
Podemos dizer que trabalhamos com investigações clínicas? Não. Vão achar que você é perito e trabalha no CSI.
Podemos dizer que trabalhamos com drogas não aprovadas ainda? Não. O cara vai chamar a polícia e dizer que você é traficante!
Podemos dizer que vamos no Hospital pra ler prontuário? Claro que não! Ele vai achar que a gente não tem mais o que fazer da vida.
Portanto desisto. Igual a história do monmitor cego... deixa pra lá! Aliás... por que eu ia escrever sobre monitor cego mesmo??? Bom, fica pra próxima! Fui...
quarta-feira, 4 de maio de 2011

Hey você aí que acredita que o mundo vai acabar em tabelas, que a vida é um eterno data base lock e que nunca você será reconhecido pelo seu trabalho: seus problemas acabaram!
Descobri a fórmula: é só colocar a culpa nos outros, olha que belezinha! Vamos fazer a linha É TUDO CULPA DO PI!!! Que juntos conseguiremos mudar nossa realidade sofrida!
Ai que stress!!!

Gente, estou pra conhecer UM monitor que esteja com tudo sob controle. 100% dos monitores que conheço estão sempre freaking out de tanta coisa pra fazer!
Pior que assimilamos a chatice de ser monitor em nossa rotina:
Vai ao supermercado? Leva checklist com todos os produtos.
Erra na hora de escrever algo em casa? Já rubrica e data do lado pra num perder o costume.
Vai organizar uma festa? Um evento? Vamos criar uma tabela bem completinha, com váááárias abas e cores pra termos controle de TUDO.
Deixou bilhete pra empregada? Vale assinar e datar, né? Vai que... sei lá!
Vai dizer que num é assim?
Assina de caneta preta?

No dia-a-dia quando escuto esta pergunta me lembro dos meus tempos de escola (faz um tempinho hein!)... sempre que alguém recebia a prova da professora a primeira pergunta que surgia era: "É pra fazer à caneta, Fêssora?" . Na verdade nós, monitores e monitoras somos sim um pouco professores. Sim, ensinamos muita coisa útil mas também muita coisa inútil, vai. A história da caneta preta é uma delas. Só porque pra tirar cópia ou no fax fica mais nítido já generalizaram pra todos os documentos. Acho que esta história deve ter surgido com preenchimento de CRF de papel... ou FDA 1572 form? Ai num sei... alguém aí sabe???
Uma vez uma enfermeira me falou: "Acho bem melhor assinar de caneta azul, assim temos sempre certeza qual é a cópia e qual é o original" - e não é que faz sentido?
O problema é que nós monitores somos treinados a pensar dentro de um quadradinho, mas o que temos às vezes que entender é que o fora do quadradinho nem sempre é errado, um issue, um desvio ou must be notified to the Ethics Committee!
terça-feira, 3 de maio de 2011

Ahhhh o que seria de nossas vidas se não existisse o post it? Seremos eternamente gratos a 3M que não cobra barato por esta ferramenta de trabalho do monitor.
É o post it que ajuda os médicos-cabeça-dura a assinarem no lugar certo do documento, colocarem a data em inglês, classificarem se o valor de lab é clinicamente significante... Claro que se você escrever no post it ASSINE AQUI você corre o risco de ganhar um post it assinado na próxima visita de monitoria!
Opa voltei!
Claro que eu deveria ter imaginado que o blog seria mais um tracker pra ser alimentado diariamente... desde o último post muitas coisas aconteceram na minha vida de monitoria: auditorias, visitas, treinamentos, meetings. Mas agora voltei e prometo que pra ficar!
Pensei em pedir histórias diversas de monitores amigos pra postar aqui, assim fazemos algo mais eclético, claro que se você que está lendo este blog e quer mandar uma história pode enviar para: vidademonitor@gmail.com prometo colocar aqui, ok?
Pensei em pedir histórias diversas de monitores amigos pra postar aqui, assim fazemos algo mais eclético, claro que se você que está lendo este blog e quer mandar uma história pode enviar para: vidademonitor@gmail.com prometo colocar aqui, ok?
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