terça-feira, 3 de agosto de 2010

Viagens de monitoria


Para quem não trabalha em pesquisa nosso trabalho parece um tanto "glamuroso". Eu digo isso porque pensava assim antes de ser monitora. Estamos cada dia em uma cidade diferente, comendo em bons restaurantes (de vez em quando, né?), ficando em bons hotéis e acumulando milhas aéreas. Minhas amigas que não são da área acham que eu sou uma executiva de primeira, sempre de malinha, laptop e atarefada, com certeza acham que ganho rios de dinheiro... só eu sei que num é bem assim!
Hoje estou em Fortaleza... Num Hotel em frente à praia, que eu só vi pela janela do táxi de manhã, lógico!
E o povo daqui do nordeste tem um senso de emergência bem diferenciado. Ontem cheguei tarde no hotel doida por um banho... quem disse que saía água quente? Tudo bem, banho de gato, lavo o cabelo amanhã. Liguei na recepção do Hotel: "Boa noite, a água do chuveiro não está esquentado, vocês poderiam checar para que eu possa tomar banho quente amanhã cedo?". No dia seguinte cedo adivinha: água gelada, nada melhor pra o humor de uma pessoa. Antes de sair pela manhã ainda enfatizei o desejo de tomar banho quente à noite, quem sabe com 12 horas de antecedência a coisa funcionasse!!!
No final da tarde cheguei e banho frio de novo! Percebi depois de 15 minutos de banho frio que a água esquenta. Ou seja, se vier para o Hotel Quality Fortaleza, deixe o chuveiro aberto por 15 minutos até que a água esquente, ok?

Por essas e outras a gente sente percebe que o "glamour" está mesmo só nos olhos de quem vê!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Jantando sozinha


Uma coisa ruim nessas andanças por aí é ter que jantar sozinha. Acho que é a pior coisa, só não é pior do que ficar esperando mala na esteira do aeroporto...
Bom, como funciona: você está em uma viagem de monitoria e tem seu valor estipulado para jantar bem maior do que o seu ticket refeição diário e ainda assim acaba tomando uma sopa no Hotel só pra evitar a fadiga de sair se apresentando em restaurantes sozinha, certo? Bom, não se sinta mais só!
Ontem mesmo, bateu aquela vontade de comer uma comidinha japonesa, peguei um endereço e fui...
Primeiro o taxista brigou comigo porque além da corrida ter sido curta, ele ainda teve que preencher um recibo de 6 reais... pois é... Xá pra lá...
Chegando no local, um restaurante bem bacana, lindo, aconchegande e... VAZIO!!!
Só você e os garçons olhando pra sua cara, tipo: "Mesa só pra uma pessoa???!!!" Meio que pensando que você é estranha e sem amigos, finjo que está tudo bem e sob controle e vamos lá fazer o pedido.
Depois de pedir você cai na solidão de novo, aí é hora de ler o cardápio, arrumar os guardanapos da mesa, jogar um pouquinho no celular, enquanto a comida não vem.
Enfim, se a comida vale a pena eu não me importo, nem fico mais constrangida. Só acho que é muito mais legal dividir o jantar com alguém e conversar um pouquinho entre uma garfada e outra...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Aeroporto


Uma coisa que me deixa bem infeliz é ter que arrumar mala no domingo. E é claro que eu só deixo pra fazer isso bem tarde quando não dá mesmo pra deixar pra depois. Isso já acaba comigo... Passo o domingo todo sofrendo: 'Tenho que arrumar minha mala pra amanhã' e assim vai... Aí se acorda na segunda-feira com o táxi já te esperando, o sol nem nasceu ainda... Fico pensando eu com 40 anos fazendo isso... I'm sorry but it will not be possible! Congonhas como sempre lotado e sem opção tranqüila de se tomar um café, o povo te atende com aquela boa vontade, dá vontade de dizer que eu não estou lá por opção e sim porque vou trabalhar, não tô de férias e nem ganhei uma viagem super legal num sorteio do mercado!!!!!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Como conquistar uma gaúcha



Alguém aí sabe me dizer como uma paulista consegue fazer amizade com uma coordenadora gaúcha? Eita muierada difícil!!!!! Eu que sou uma pessoa que adora conversar e puxar papo com pessoas aleatórias fico no limite da agonia do ser humano!

Acho que as coordenadoras de Porto Alegre sim que são robôs, afinal, não importa o quanto elas odeiem o monitor, elas ainda resolvem as pendências que você deixa pra trás (não todas, né?)!!! Sempre estou tentando uma oportunidade de puxar papo, de falar de novela, cachorro, filme... mas nada... elas não me dão bola mesmo!

Alguém tem alguma dica?

Descobri que sou Robô!


Semana passada eu estava voltando de Porto Alegre, aliás é lá a maior concentração de monitores por metro quadrado do Brasil, sempre se encontra alguém conhecido!


Acho que pra ser monitor de Pesquisa Clínica é preciso ser um pouco robozinho. Monitora, conta comprimidos, pega pasta, fecha pasta, pega prontuário, fecha query, abre pendência, fala com o médico... ufth! Um bom monitor não vai no banheiro, não toma água e não come, nunca almoça pra poder ganhar tempo. Encontrar os amigos? Ah... só no aeroporto ou por acaso num hospital por aí. Que é isso? Pois é... sempre achei isso um absurdo até passar para o lado negro da força. Eis que você se transforma num ser único e estranho, despertando a curiosidade até de desconhecidos que não entendem e nunca vão entender realmente o que você faz...

A família entende menos ainda.... só escuto meu pai falando pra minha mãe: "Essa menina viaja muito, vai acabar ficando doente de tando comer porcaria!" E minha mãe: "Você precisa mesmo trabalhar tanto assim?"

Ai ai.... só sendo robô mesmo...

Welcome!!!!


Se você está lendo este blog, provavelmente você conhece o que é Pesquisa Clínica, num é?
Ainda procuro um jeito fácil de explicar... acho que ninguém me entendeu até hoje... Nem meus pais sabem direito o que eu faço! Mas podem acreditar, num é nada ilegal, viu!
Minha profissão é Monitora de Pesquisa Clínica, é assim mesmo que está na Carteira de Trabalho, pra quem não conhece, fico "passeando" por Hospitais do Brasil verificando se estudos de novos medicamentos estão sendo conduzidos de maneira correta... Na prática conhecemos muitos lugares e muita gente... Por isso pretendo neste blog compartilhar minhas experiências e histórias engraçadas desta vida de pessoa andarilha.
Prometo só contar a parte boa, ok?